Governo Regional e Presidente da SATA faltaram à verdade sobre poupança anual de 1,5 milhões do encerramento das lojas

PS Açores - 5 de setembro

Carlos Silva realçou, esta quinta-feira, que o Governo Regional e o Presidente do Conselho de Administração da SATA/Azores Airlines “faltaram à verdade” na anunciada poupança de 1,5 milhões de euros resultante do encerramento das lojas da companhia aérea nos centros urbanos.

O vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS reagia assim à resposta do Governo ao requerimento do PS, que veio “confirmar que a decisão foi precipitada, atabalhoada e mal fundamentada”.

“Foram proferidas declarações falsas porque, obviamente, não existe, nem nunca existiu uma poupança anual de 1,5 milhões de euros resultante do encerramento das lojas físicas em centros urbanos”, frisou, classificando ainda a decisão como “insensível”, por “não ter tido em conta os impactos sociais e económicos para as comunidades”.

Carlos Silva sublinhou que os dados apresentados pelo Governo Regional são “parciais e pouco isentos”, resultando claro que “a única poupança possível resulta do fim do pagamento das rendas e dos encargos mensais, cujo valor total anual ronda os 115 mil euros, cerca de 8% dos tais 1,5 milhões de euros apregoados”.

“É falso que exista qualquer poupança com os 18 colaboradores, uma vez que estes permanecem - e bem - como funcionários do grupo SATA. É falso que a venda das lojas gere uma poupança anual média por loja de 200 mil euros, visto que a ocorrer a venda ela acontece apenas uma vez e não anualmente”, explicou o deputado do PS/Açores.

Carlos Silva destacou que é “redutor e pouco prudente” afirmar-se que poderá haver um incremento das receitas do Contact Center, quando “não se apresentam dados fidedignos que justifiquem esta afirmação”.

“Encerrar as lojas foi uma decisão precipitada e tomada ainda antes do novo Conselho de Administração entrar em funções, sem envolver, sequer, o departamento comercial do Grupo SATA, responsável pelas lojas físicas”, apontou o socialista.

Carlos Silva considerou que foi uma “decisão atabalhoada”, porque “foi feita menção a um protocolo com a RIAC (Rede Integrada de Apoio ao Cidadão) que nem existia e não tinha qualquer suporte jurídico”, conforme se veio a comprovar pelas denúncias dos sindicatos e vários parceiros sociais.

“É evidente que o encerramento das lojas da SATA não gera qualquer poupança significativa, contrariamente ao que foi propagandeado. O Governo Regional e o novo Presidente da SATA faltaram à verdade aos Açorianos e teimam em tentar ludibriá-los com meias verdades e dados falsos, que merecem da parte do PS total contestação e repúdio”, finalizou o vice-presidente do GPPS, Carlos Silva.